sarracenos arrastam-se pelo deserto
em busca de água
em busca da justiça
em busca do perdão
se estiram procurando por uma verdade
que desconhecem
nas montanhas douradas
de areia, sal e sol
encontraram a água preta
mas permanecem sedentos
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Poderosos
Tudo é festa
No país do duende
Tudo é dinheiro
No país do duende
Que fica lá na ponta do arco-íris
No meio daquelas asas
Depois de todo cerrado
Seco
Lá existem águas e grama verde
Lagos feitos pela mão humana
Repletos de peixes frescos
Lá todos os duendes
Parecem pinguins
Alguns desses duendes
São vermelhos
As vezes estão de preto
Mas sempre há de existir um pontinho vermelho
No país dos duendes
A fome não chega
A miséria e nem a seca
Por mais próximo que ele esteja
Os duendes são felizes
Eles levam tudo numa boa
Tem poder para realizar todos os desejos
Mas apenas de outros grandes magos do ouro
Eles não ao capazes de realizar os desejos
Dos humanos
Pois só no mundo da fantasia é que eles vivem
E cada vez mais humanos entregam ouro aos duendes
E cada vez mais os duendes bolam uma nova engenharia para ganhar mais notas verdes
Esses duendes são tão parecido com os gnomos
Eles sabem mesmo como ganhar dinheiro
A diferença é que os gnomos projetam melhor
Mas esses duendes são demais!
Solidão
Não há algo pior que a solidão
Ela vem invadindo a alma
E toda a sua existência
Fica tudo sem sentindo
Ela vem linda
Quieta
Como duas mãos macias e aveludadas
Acariciam a sua cabeça
Deslizão pelo rosto
E tampam seus olhos
E apertam até perfuralos
E nada mais
Nada mais mesmo
O faz enxergar outra vez
Essa tal felicidade
Ela é cruel
Impiedosa
Não sabemos se somos felizes
Nem sabemos se somos infelizes
Vazios nós ficamos
Com um grande espaço no peito
Esperando ser preenchido
E que nunca é preenchido
Por medo do amor
Recado
2000 noites sem o retorno
De quem já se foi
Então o entendimento
Dos vermelhos do banheiro
Foram a tona
Mais antigo
Mais velho
Maturidade
Mas com o mesmo retrato na mente
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Tempo
de dia e de noite
de tarde e ao alvorecer
não existia antes
de todo homem entender
os tics tacs
folhas, flores, chuvas e neve
todas com o mesmo sol
mas sem o mesmo calor
o que passou a uma década
o que já foi em um segundo
o pretérito de quem não sabia
o futuro de quem adivinhou
o presente que já se passou
o presente da data que ganhou
redondos e quadrados
digitais e de ponteiro
solares analógicos
despertam
demonstram
coisa que o homem fez?
coisa que o homem descobriu?
eu não sei
nós só vivemos a cada dia intensamente
desperdiçando ao pensar no próximo segundo
de tarde e ao alvorecer
não existia antes
de todo homem entender
os tics tacs
folhas, flores, chuvas e neve
todas com o mesmo sol
mas sem o mesmo calor
o que passou a uma década
o que já foi em um segundo
o pretérito de quem não sabia
o futuro de quem adivinhou
o presente que já se passou
o presente da data que ganhou
redondos e quadrados
digitais e de ponteiro
solares analógicos
despertam
demonstram
coisa que o homem fez?
coisa que o homem descobriu?
eu não sei
nós só vivemos a cada dia intensamente
desperdiçando ao pensar no próximo segundo
Moisés
andando pela estrada
seca de petróleo
navios atracando
no mar vermelho
baleias nas paredes
burros no meio
sem sede
sem fome
já há de chegar
o trono
daqueles que foram desfavorecidos
pisados pelo poder.
seca de petróleo
navios atracando
no mar vermelho
baleias nas paredes
burros no meio
sem sede
sem fome
já há de chegar
o trono
daqueles que foram desfavorecidos
pisados pelo poder.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
TRST
O triste
Não se exulta
Nem se exalta
Cabisbaixo ele caminha
Sem procurar alegriaEle só pensa
Ele reflete
Nos males de sua vida
Nos males do mundo
O triste
Se humilha
Se recolhe
Se concorda
É sozinho
E calado
O triste
Pensa e chora
Na calada da noite
E não sorri nos lugares públicos
O triste tem um brilho no olhar
E um nó na garganta
Que tenta segurar
Pelo pequeno orgulho que ainda o resta.
Não se exulta
Nem se exalta
Cabisbaixo ele caminha
Sem procurar alegriaEle só pensa
Ele reflete
Nos males de sua vida
Nos males do mundo
O triste
Se humilha
Se recolhe
Se concorda
É sozinho
E calado
O triste
Pensa e chora
Na calada da noite
E não sorri nos lugares públicos
O triste tem um brilho no olhar
E um nó na garganta
Que tenta segurar
Pelo pequeno orgulho que ainda o resta.
Fome
cada um com seu mal
nessa veia canibal
não há o que ou quem julgar
só recolher
os pedaços de carne pelo chão
nessa veia canibal
não há o que ou quem julgar
só recolher
os pedaços de carne pelo chão
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
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